sexta-feira, 18 de julho de 2014

Wild Hunt [Semana 17]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 16: Garra de Jormag – parte II

Aquela figura gigantesca estava sobre mim, sua sombra cobrindo o sol. Aquele frio absurdo que chegava a machucar a pele não era da nevasca, mas do terrível dragão de gelo do qual ela se originava. Senti medo, como nunca em toda minha vida. Eu levantei minha arma, e atirei contra ele (no sonho, era um rifle). As balas simplesmente não penetravam a couraça dura de gelo corrompido de sua pele. Comecei a correr, e notei que haviam outras pessoas ao meu redor, várias delas, de várias raças: humanos, asura, norn, sylvari. Havia uma sylvari em específico, de tom lilás. Agarrei sua mão, e corremos pelas montanhas gélidas, o dragão impiedoso facilmente nos alcançando, e matando-nos um a um. Estava brincando. Chegamos à beira de um penhasco e o lago congelado lá embaixo. Fim da linha.

-Oh, pela Mãe Árvore. - A sylvari chorou ao me abraçar. Nos beijamos. - Blader, eu te amo. Sempre vou amar. Que Grenth tenha piedade de nós.

-Eu também te amo, minha linda Lyla, minha bela flor. Que os Espíritos sejam bondosos conosco.Eu...

Não pude terminar a sentença. Uma rajada de gelo nos atingiu em cheio; sopro de dragão. Consegui desviar mas muito mal. Meu braço direitose fora, e com ele minha companheira, congelados para sempre pelo sopro da besta. Gritei quando a dor escruciante se fez sentir segundos depois. Apenas eu havia restado. A besta me encarava, mortal, preparando seu ultimo e mortal ataque. Eu peguei algo na bolsa que carregava, meu ultimo recurso. Um explosivo.

-Um dia, você e seu mestre irão cair, Garra!! - gritei a plenos pulmões, ficando de pé, e então respirei fundo. Pude sentir a corrupção do dragão começando a se espalhar do que sobrou do meu braço para o resto do meu corpo. - Não vou dar a Jormag o gosto de me ter com servo. Arawn...meu irmão querido...acho que não vou poder voltar pra casa para o jantar, afinal...

Encarei o monstro, e fui em direção a ele. Meu ultimo brado, foi com uma explosão. E então, tudo ficou branco.

-ARAWN!! - Acordei. Era eu novamente. Eu estava nos braços de Arawn, e ele abraçava forte. Perto, meu cão gania baixinho, assustado.

-Tudo bem, Ether. Eu estou aqui, foi só um pesadelo.

-... - Não, não foi. Mas ao menos, havia descoberto em parte, o significado daquele sonho. Era realmente uma memória, a última, de Blader, irmão de Arawn. Talvez isso seja parte da memória da sylvari a qual ele amava? Não, a memória era dele...então...?

Senti os lábios de Arawn em minha testa, num consolo cuidadoso, e o abracei. Era estranho, sentir aquele afeto tão forte por alguém que mal conhecia, e aquilo me deixava confuso. Mas nosso momento não durou muito. Ao longe, pude ouvir o barulho dos soldados se agitando no lado de fora da barraca. Foi quando ouvimos ao longe aquele mesmo rugido abismal do meu sonho. O Garra de Jormag estava aqui.Respeirei fundo e olhei para Arawn.

-Vamos.Chegou a hora.


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