sexta-feira, 27 de junho de 2014

Semana 14 + Resultado da semana 13 + Atividade Extra de Julho

Semana 14 do MONOBA

A nova rodada de "novels" está no ar! Infelizmente não teremos "Neocene II - nanoships" e "Requiem" nesta semana. Confira as histórias clicando nos links abaixo, na aba de cada obra ou navegando pelo blog!


Pepper & Donuts: Capítulo 14 - Donuts 14: Confronto

Nave Fantasma: Descanso.

Filho das Profundezas: Parte XIV - Clarão

Wild Hunt: Capitulo 13: Wolfborn

Contos do Amante da Morte: Capítulo 12: Averno Laranja


Divirta-se! Tenha uma boa leitura! As votações já estão abertas e vão até às 23:59 do dia 2 de julho (quarta-feira). Você pode votar na enquete que fica na aba lateral no blog ou na aba "Votação". Fique de olho, pois a nova rodada de "novels" estará no ar dia 4 de julho (sexta-feira).


Resultado da votação da semana 13

Totalizando 11 votos, segue a seguinte classificação:

Em primeiro lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em segundo lugar, com 4 votos, a história "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Requiem", de Natalie Bear.

Seguidos de "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (sem voto) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (sem voto). "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama não participou desta semana, então não recebe ponto. "Neocene II - nanoships", de Moonlance está a cinco semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá quatro pontos negativos (-4).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Atividade Extra de Julho

Você ainda tem tempo para ajudar o seu escritor favorito! Basta fazer um fanart ou uma fanfic de alguma das suas histórias favoritas do MONOBA até às 23:59 do dia 9 de julho. Você pode fazer quantas "homenagens" quiser, de quantas obras desejar! Cada "homenagem" vale 1 ponto para o autor homenageado, além da chance de ganhar mais pontos através da escolha da melhor homenagem. O tema deste mês é "inverno". Descubra mais como enviar sua homenagem na aba "Atividade Extra". Lembrando que todas as homenagens serão postadas na nossa página do facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 14]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 14]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 14 - Donuts 14: Confronto

O pai de Misaki era professor universitário na mesma faculdade que Masaki estudava e às vezes conseguia voltar no horário de almoço para almoçar com a família. Misaki almoçou com a mãe e Aiko, que tentou em vão conversar com a garota durante a refeição. Porém, a garota de cabelos azuis ficou quieta o tempo todo, e após terminar sua refeição, trancou-se no quarto.

- Tenho tarefa pra entregar amanhã. Vou estudar no quarto.
- Tudo bem, filha...

Na verdade a garota nem tinha tanta coisa assim pra adiantar, mas não sentia-se a vontade em ficar junto da prima. Além disso, tinha o seu pai, que provavelmente iria lhe dar um sermão bem forte. Pensando nisso, Misaki ficou o dia todo jogando videogames e revendo as lutas do Mosqueteiro Rosa até que chegou o horário da conversa com o pai.

- Miki! O pai está esperando você lá na sala.
- Ok. Já tô indo.

Misaki saiu do quarto e encontrou seu pai a esperando, de pé, com um ar severo.

- Posso saber que comportamento mais mesquinho foi esse ontem?! Nós tínhamos visitas!
- Não estava bem ontem, só isso.
- Isso não é motivo pra ficar se escondendo no seu quarto!! Imagina se eu trago algum colega do trabalho aqui e você me faz isso, onde vou enfiar a cara? Vão achar que eu tenho uma esquisita em casa!

Depois da última frase que ouvira do pai, Misaki perdeu o controle.

- Se você vai ficar me xingando de “estranha”, “bicho do mato” e outras porcarias que você fala sempre que é pra ficar dando exemplo, então me dá logo a droga do castigo que eu vou lá quietinha fazer!!
- Escuta aqui, sua boca-suja. Não te eduquei pra você ficar falando assim comigo, tenha mais respeito com o seu pai!
- ME EDUCAR?! Hahahaha, ONDE?! Você praticamente me jogou de casa em casa quando era criança!! Primeiro foi com os tios da Aiko, aí depois foi com a vovó e o tio Akihiko e agora quer dar uma de pai bonzão, cobrando coisa que você DEVERIA ter feito?!
- Você ainda me deve respeito, entendeu mocinha? Quem paga a sua escola sou eu, quem paga a comida e as roupas que você veste sou eu. Exijo mais respeito de você sim! E enquanto você estiver morando sob esse teto, você vai estar sob as minhas regras!
- Grande porcaria essas regras se eu nunca tive um pai presente, diferente do Masaki que você mima até onde não pode né?

Masaki e a mãe estavam ouvindo os gritos da cozinha.

- Mãe, não é melhor a gente ir lá...? A Miki e o pai sempre discutem mas acho que dessa vez eles estão passando um pouco dos limites.
- Vamos esperar mais um pouco e depois vamos lá, filho...

Masaki ficou apreensivo, pois temia pelo rumo em que a discussão estava tomando.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 14]

Autor: Lucas Suwgamm
Descanso.

Passos apressados ecoavam pelos corredores e junto com respirações ofegantes compunham a trilha do ambiente; o homem rechonchudo comandava a fila, demostrando uma habilidade além da sua aparência física, era seguido pelas duas mulheres, logo atrás vinha o homem de cabelo preto, sempre olhando para todos os lados.

— Certeza que não estamos perdido? — Indagou a moça menor.

— Tenho!- O homem de pele clara e rosto redondo olhou para trás – Decorei quase toda a planta dessa nave.

— PAREM!!! — Gritou Edgar e parando a sua corrida logo em seguida. Imediatamente todos fizeram o mesmo e colocaram-se em posição de alerta, afinal os eu companheiro não era de extravasar desse jeito.

— O que foi?! Ouviu algo? — Michael já esperava o pior.

— Não, só queria descansar um pouco, estamos correndo faz horas – Encostou na parede mais próxima e suspirou.

— O que? — É agora que eu te mato! — O loiro avançou em direção do moreno cabeludo, no entanto, Milene segurou seu braço.

— Sem precipitações Michael! Apesar de eu querer fazer isso também com esse folgado, entendo que isso pode ser bom, afinal não paramos desde que Foster...

— Não morreu! — Samara interrompeu a fala da mulher gigante, quase em pranto.

— Não ia dizer isso Samara...— Milene Passou a mão na cabeça da delicada moça, mostrando um certo afeto por ela – No entanto, não podemos fugir desse assunto para sempre – deu uma olhada maldosa para Michael.

— Não estava fugindo do fato de não termos mais... ele – Olhou para o lado, desviando do olhar da moça – Só estava fazendo a gente chegar na sala de controle antes dos renegados. Afinal, essa era a nossa missão.

— Está errado....ISSO TUDO ESTÀ ERRADO! — O grito de Samara fez com que todos olhassem para ela – Não devíamos ter fugido de lá, mas sim descido para ajudá-lo. — já não conseguia esconder suas lágrimas de preocupação.

— Não se preocupe, já passamos pro situação piores antes de você se juntar conosco, principalmente o Foster … ele está bem. — Michael passou as mãos nas costas de Samara tentando consolar a pobre moça.

— Mas aquele homem está com ele... — Samara imaginava o pior e isso a preocupava muito, afinal Foster era o seu ídolo, o real motivo dela ter entrado na academia e ter escolhido essa tripulação. E se arrependia de não ter contado isso para ele ainda.

— Ele não parece ser grande coisa, Foster já deve ter dado um jeito nele – Milene estava confiante em suas palavras.

— Qu...qual..qual.. os próximos passos, chefe?  – Samara tentava se acalmar, afinal, ela estava em uma missão, não poderia perder a calma dessa maneira – Vamos logo para o nosso objetivo, afinal, nosso comandante deve estar indo para lá. —Forçou um sorriso simpático, para tentar demonstrar que estava tudo bem.

— Vamos descansar um pouco. — Michael olhou torto para Edgar, mas esse estava no seu próprio mundo e não prestava atenção em seus companheiros. -  Depois nos cortinaremos a nossa jornada, com cuidado...Vamos tentar evitar novos perigos.- Sua mente estava tentando entender o porquê de haver Nêcroneos na nave.


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Filho das Profundezas [Semana 14]

Autor: Marco Fischer
Parte XIV - Clarão

Faulkner tentou limpar o sangue da lente de seu olho-luneta, mas tudo que conseguiu foi deixá-la embaçada. Com seu olho bom prejudicado pela laceração em seu rosto, essa era toda a visão que tinha agora. Tudo que conseguia enxergar eram as lâmpadas no convés e a luminosidade azul-elétrica daquelas bestas que se aglomeravam na proa, depois de terem atacado seu navio de surpresa.

Um súbito clarão ofuscou a lente enquanto um som explosivo quase estourou seus tímpanos. Os tripulantes sobreviventes no castelo de popa disparavam mais uma vez contra as criaturas que tentavam avançar, e misturado ao cheiro da pólvora vinha o fedor pegajoso de peixe velho e algas podres. Faulkner nunca havia se deparado com seres tão agressivos e estranhos.

Agora que a ferida em sua face começava a parar de sangrar, ele conseguia enxergar melhor a situação. Os monstros já ocupavam toda a parte central do navio, roçando uns contra os outros enquanto devoravam os marinheiros caídos com suas cabeçorras de peixe. Os olhos eram cinzentos e vazios, e as escamas negras como a noite que os cobria, com exceção dos pontos em que a intensa bioluminescência azul reluzia o couro oleoso e pulsante.

Enfraquecido pela perda de sangue, o capitão dos Arautos do Vapor tremia para se manter de pé e sequer conseguia empunhar o próprio rifle, que estava caído ao seu lado. Havia algo naquelas coisas que inquietava seu espírito além da matança que causavam. Pareciam ter saído de um pesadelo, mas ao mesmo tempo em que provocavam horror havia uma estranha familiaridade que impedia que mantivesse o olhar por muito tempo.

Mesmo para um homem racional como Faulkner, ver aquelas criaturas lutando contra sua tripulação era algo que trazia as mais terríveis suposições. Seu conhecimento científico, na verdade, parecia estar lhe pregando uma peça, atribuindo características humanas àqueles seres marinhos. Eles não eram simplesmente bípedes e desajeitados como outros monstros que habitavam o oceano. Para a mente do capitão, a fluidez com que se moviam na superfície só podia ser fruto de algum tipo de cruzamento com a raça humana.

Paralisado de fraqueza e terror, o capitão teria ficado ali diante de sua cabine até o inevitável fim se não fosse despertado por George, o mecânico moreno e gordinho que surgia sujo de fuligem da sala de máquinas e agarrava seu braço enquanto falava apressado.

-Capitão, a gente trancou as saídas de vapor da caldeira e colocamos pra funcionar no máximo. Vamos estourar o navio junto com essas coisas, então é melhor correr pra água!

Antes que tivesse tempo de responder, Faulkner já estava sendo praticamente jogado em um dos botes do navio, enquanto os sobreviventes escorregavam pelas cordas e correntes a seu encontro. A explosão veio antes de o bote chegar à água, mandando várias das criaturas pelos ares, enquanto as restantes fugiam para as profundezas.

-O que eram essas coisas? – perguntou George, o rosto iluminado pelas chamas.

-Infelizmente eu desconheço. – respondeu Faulkner - Mas desconfio que tenha a ver com aquela cigana infame!


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Requiem [Semana 14]

Autora: Natalie Bear

- Sem capítulo esta semana -

Wild Hunt [Semana 14]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 13: Wolfborn

As palavras de Arawn ficaram suspensas no ar por segundos. Subito, senti algo em meu interior queimar, como uma lembrança dolorosa em forma de dor fisica. Eu nem percebi meu corpo se movendo por conta própria e me posicionando na beira do morro. Dei ordem ao meu cão e ele disparou morro abaixo como um relampago. Os Filhos de Svanir mal notaram sua aproximação,e ficaram pasmos com o vulto verde que passou veloz arrastando consigo o Quaggan para longe. Cinco flechas estavam em minha mão, posicionadas já na corda do arco, em minha mente uma prece que não conhecia entoava o nome da deusa da natureza, Melandru. Eu disparei as flechas aos ceus, e um único sussuro partiou de meus lábios nesse momento:

-Barragem.

Um zunido se ouviu, e então dezenas e mais dezenas de flechas começaram a chover dos céus direto no grupo inimigo. Eles foram pegos de surpresa, e não tiveram como fugir do ataque. As flechas desciam impiedosas, rasgando carne, roupas, e perfurando atravez da pele. Eles cairam, e dos cinco, três nunca mais iriam se levantar. Dois, munidos de escudos, conseguiram ainda sobreviver ao ataque quando ele finalmente cessou. Cambaleei um pouco pra trás, e Arawn me segurou.

-O que foi isso? - Ele me perguntou, surpreso.

-Não faço ideia, mas funcionou. - Olhei, e vi os dois ultimos inimigos se pondo de pé. - Ainda não acabou, vamos!

Descemos o morro. Disparei uma flecha que foi prontamente defendida pelo escudo de um deles. Arawn murmurava encantos, e com um movimento de seu cetro, vi mãos cadavéricas sairem do chão e agarrar as pernas dos dois Filho de Svanir, desequilibrando-os. Mais um movimento, dessa vez de sua adaga, e um enxame de insetos negros foi em direção a eles. Ambos gritaram, e feridas brotavam em sua pele.Disparei mais uma vez, abatendo um. Arawn foi em direção ao outro, calmo. Não havia mais escapatória. Ele pisou sobre o peito do inimigo caido, fazendo-o cuspir sangue.

-O que vocês fazem aqui, Svanirs? Porque o Quaggan? - Ele disse, numa assustadora furia calma.

-hehe.. -O svanir riu, sangue escorrendo de sua boca. - Jormag vai quebrar seus ossos, moleque. Ele fez uma vez, e vai fazer de novo... Wolfborn.

-O que? - Arawn disse, atônito.- Que Wolfborn? O QUE ISSO QUER DIZER, VERME!?

Morto. Não havia mais o que perguntar, e Arawn parecia aflito. Ao longe, vi meu cão retornando, o Quaggan ao seu lado, e parecia bem. Me aproximei de meu amigo, tocando seu ombro levemente.

-Arawn...o que houve?

-Wolfborn...você ouviu? -Ele engoliu em seco. Lembrei-me então, dele me dizer que ele era um wolfborn. - Ele disse que Jormag quebraria meus ossos novamente. Mas ele nunca quebrou.

-O qu...? - Ia perguntar, mas subitamente, algo me ocorreu. - Qual era o espírito do seu irmão...?

-Ele era da minha matilha. Compartilhavamos algumas semelhanças também. - Ele olhou em meus olhos, e mesmo com sua marca necromantica, percebi o olhar de uma criança perdida. - Blader era wolfborn.


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Contos do Amante da Morte [Semana 14]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 12: Averno Laranja

A lua cheia era encoberta por uma grossa camada de nuvens, tornando a escuridão noturna berço fértil para o medo que crescia no coração daqueles que estavam no posto de Súlinm. O zunido das flechas rompendo o ar e cravando-se à estrutura de madeira fazia os homens recuarem da linha de frente brevemente. Solomon gritava para manterem suas posições e enquanto os arqueiros despejavam suas flechas contra a linha inimiga que se aproximava lentamente, Marcos se organizava na fila de homens e escudos junto ao portão principal.

Logo o jovem Blackwood notou um aroma diferente impregnando o ar, mas não houve tempo para raciocinar sobre o que se tratava: entre berros de ordens de Solomon e de injurias ditas pelos homens aos soldados de Eadgar, urros de dor eram audíveis. Logo um homem caía da murada ao lado de Marcos, gemendo de dor e engasgado com o próprio sangue, a flecha fincada em seu peito, atravessando seu pulmão. O moreno foi tomado por um terror sem tamanho, no entanto, seus olhos não conseguiam fugir da imagem daquele arqueiro ao seu lado definhando com uma flecha de madeira negra, e foi naquele momento mórbido entre o medo da morte e a contemplação que o jovem Blackwood teve um estalo:

– Afastem-se do portão!! – anunciou com urgência, mas sua voz não alcançou a todos.

Logo em seguida, o céu noturno se iluminou em tons laranja com flechas incendiárias fincando-se na estrutura de madeira e, junto as flechas embebidas em líquido inflamável lançadas anteriormente, somado ao verão mais seco e quente em anos, assim como uma murada construída quase em sua totalidade de madeira, não demorou para as chamas se espalharem.

O desespero se alastrou tão rápido quanto as labaredas, os homens que cuidavam do portão principal o abriram para deixar as pessoas fugirem das chamas, a linha de homens e soldados se desorganizou e vazou do posto pelos portões entreabertos, saindo do fogo para encontrar a morte.

A linha do exército de Eadgar ceifou sem trabalho aqueles que corriam para o exterior, cercando todas as formas de saída, sendo assim, eles não precisavam avançar, deviam apenas esperar. Aqueles que ficassem dentro do posto morreriam queimados, e aqueles que saíssem seriam assassinados.

“O conceito de inferno é diferente, dependendo da divindade que se segue: uns pregam que é um submundo vazio para explanação dos erros, outros dizem que é frio e tortuoso, cheio de espinhos e espectros tentando-o a cair no esquecimento… mas sejamos francos, naquela noite, eu pude vislumbrar o inferno, não como algo de explanação ou simples sofrimento, mas o terror, o medo, e a incapacidade de poder fazer algo por mim e por qualquer outro, a triste sensação de que é o fim, e não haverá nada para ser encontrado ou nenhum lugar a chegar... Certamente, até para alguém como eu e o que sou atualmente, isto ainda é uma versão bem mais convincente do inferno do que qualquer conto dito por um clérigo.”


Ir para o próximo capítulo de "Contos do Amante da Morte"

“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Semana 13 + Resultado da semana 12 e mês de junho + Homenagem de Julho

Semana 13 do MONOBA

Mais uma nova rodada de "novels" está no ar! O novo mês do MONOBA começa já com algumas notícias: a partir desta semana não teremos mais a história "SentiMente", de Silvia Verlene, por desistência da mesma devido a problemas em conciliar o trabalho com o projeto. Nós do MONOBA sentiremos a sua falta e desejamos sucesso em sua vida profissional! Mas não deixem de acompanhar os 7 escritores que ainda participam oficialmente do projeto. E esta semana não teremos o capítulo de "Neocene II - nanoships" e "Contos do Amante da Morte". Confira as histórias clicando nos links a baixo, na aba de cada obra ou navegando pelo blog.


Pepper & Donuts: Capítulo 13 - Donuts 13: Desabafo

Nave Fantasma: Verdade e Desafio.

Filho das Profundezas: Parte XIII - Constelação

Requiem: Fora das Sombras

Wild Hunt: Capitulo 12: Icebrood


Boa leitura e divirta-se. Lembrando que a votação já está aberta e irá até às 23:59 do dia 25 de junho (quarta-feira). Participe! Você pode votar na lateral do blog ou na aba "Votação". A nova rodada de "novels" está no ar dia 27 de junho (sexta-feira).


Resultado da votação da semana 12 e do mês de junho

Com um total de 15 votos, temos as seguintes classificações:

Em primeiro lugar, com 7 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 4 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Requiem", de Natalie Bear.

Em seguida temos "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (1 voto) e "Wild Hunt", de Marlon Kalango (1 voto). "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm não participou esta semana, então não receberá ponto. "SentiMente" está a duas semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá um ponto negativo (-1). "Neconece II - nanoships", de Moonlance está a quatro semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá três pontos negativos (-3).

Depois de mais 4 semanas e totalizando 65 votos, o MONOBA tem orgulho de apresentar os vencedores do mês de junho!

Em primeiro lugar, com 28 pontos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 22 pontos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 16 pontos, a história "Requiem", de Natalie Bear.

Seguidos de "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (10 pontos); "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (3 pontos); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (3 pontos); "SentiMente", de Silvia Verlene (1 ponto) e "Neocene II - nanoships", de Moonlance (-6 pontos).

"SentiMente", de Silvia Verlene, encerra sua participação no MONOBA totalizando 8 pontos na tabela geral. Obrigada pela participação, Silvia!

Parabéns aos vencedores da semana e do mês de junho!
Confira mais detalhes em "Ranking".


Homenagem de julho

Ajude seu escritor favorito a conquistar mais pontos! Você tem até às 23:59 do dia 9 de julho para fazer uma ilustração ou fanfic baseada na sua história favorita do MONOBA. Cada "homenagem" vale 1 ponto extra para obra homenageada e ainda a chance de dar mais pontos com as votações de melhor homenagem. Não se esqueça de que o tema desse mês é inverno! Quer saber como fazer para enviar sua homenagem? Basta ir na aba "Atividade Extra" e ler as regras para ver como é simples ajudar sua obra favorita! Esperamos por você!

Neocene II – nanoships [Semana 13]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 13]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 13 - Donuts 13: Desabafo

Enquanto pensava, ainda sentada no banco do corredor, Misaki não pôde deixar de escorrer algumas lágrimas, principalmente ao se lembrar de todos os momentos felizes com que passara com a prima. Porém, seus pensamentos foram cortados por um grito que veio do final do corredor.

- Miki!! Aí está você!

Era Kelly. A amiga foi em direção ao banco aonde Miki sentou-se, e notando que a mesma enxugava rapidamente o rosto, perguntou com um quê de preocupação.

- A-aconteceu alguma coisa?
- Ah...não foi nada não...eu só lembrei de umas coisas meio chatas, haha...ah sim! Vamos comer alguma coisa antes que o intervalo acabe? Eu ia te contar sobre o problema lá em casa.
- Ahn...certo. Vamos!

Kelly acompanhou a amiga até a cantina do colégio. Ainda assim, ela continuava preocupada com Misaki, não era normal a garota demonstrar fraqueza em público. Desde que a conhecera, na sétima série, Misaki era daquele jeito: hiperativa, teimosa e sempre demonstrando uma personalidade forte e determinada para as pessoas. Mas no fundo, a amiga sabia que ela escondia uma outra face...a de uma menina frágil e sentimental. “Se a Misaki estava chorando no meio do corredor, em público é porque ela se lembrou de algo muito doloroso”, pensou Kelly. Neste momento, ela resolveu fazer o que sabia de melhor: animar a melhor amiga.

- Ei, Miki! Que tal irmos no shopping amanhã?
- Hum? Por que isso assim, de repente?
- Ué, não foi você que disse que tava querendo ir assistir um filme esses dias? E eu preciso comprar mais material. Aí vamos na loja de materiais de desenho e de lá pro shopping!
- Ah...ok, já entendi. Obrigada, Kelly! Desculpe se eu pareci meio depressiva essa manhã...
- Ora, todo mundo tem seus problemas, não é? Mas não é legal ficar depressiva sempre! Por isso, trate de contar o que aconteceu na sua casa ontem que desabafando você vai se sentir melhor!

Misaki contou à amiga sobre o ocorrido de ontem. Kelly apenas escutou e em seguida comentou algo parecido com o que o tio Akihiko havia conversado anteriormente: dar uma segunda chance à prima. A garota sabia que estava sendo teimosa, afinal era algo que aconteceu há tanto tempo, ela não tinha motivos pra não perdoar a prima. Porém, o que Misaki tinha de teimosa ela tinha de orgulhosa e por hora, preferiu se manter distante e ficar sem conversar com a prima, como fizera de manhã, antes de sair pro colégio. Sua maior preocupação naquele momento não era Aiko, e sim, seu pai. Ao chegar no apartamento, a mãe de Misaki estava esperando na sala.

- Filha, seu pai vai conversar com você assim que voltar do trabalho, lá pras sete da noite. Hoje ele não vai conseguir voltar pra almoçar, nem o Masaki. Ele vai ficar o dia todo na faculdade.
- Tudo bem, mãe.
- Vamos almoçar?

Misaki sentiu um alívio ao ver que o pai não estava.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 13]

Autor: Lucas Suwgamm
Verdade e Desafio.

— Yukina...— Incontinentemente Foster chamava sua mada, enquanto seu traje terminava de curar seus ferimentos causado pela grande queda.Seus sentidos voltavam, assim como uma imensa dor de cabeça, que o fez abrir vagarosamente os seus olhos, entretanto, não conseguia enxergar nada.

— Urrgh.. — a dor de cabeça amenizava enquanto sua visão voltava aos poucos, o suficiente para ver um borrão a sua frente, que tinha o contorno de uma pessoa. Conforme O mesmo se aproximava,  a mancha tomava formas.

— Parece que você recobrou a consciência. — disse o borrão, aproximando o seu rosto ao de Foster.

— Quem? — Sua visão acabará de voltar, conseguindo visualizar perfeitamente o roso de Carlos — É você...— não escondeu o desânimo que sentia no mormento.

— Quem diria que você não estaria feliz em me ver! —  abriu um sorriso irônico, enquanto estendia a mão para ajudar o capitão a se levantar.

Foster afastou a mão de Carlos e ergue-se sozinho, deu alguns passos a frente e virou novamente para o renegado.

— Não preciso de sua ajuda. — olhou em volta e tentava entender onde estava, tentou usar o seu comunicador, mas não teve sucesso.

— Não adianta, já tentei isso, estamos na parte mais profunda dessa nave e deve haver várias coisas nessa nave que interfere nos nossos comunicadores, para a falar a verdade me espanta essa área ainda ter suporte a vida funcional — olhava em volta com um ar de admiração —  Mas... não se preocupe, se a sua unidade tiver sorte devem estar vivos, assim como essa tal de Yukina que você murmurava agora a pouco. — Piscou para o Capitão.

O mesmo se enfureceu e sobressaltou em direção ao velho renegado, lhe acertando um soco – Por culpa do seu pessoal isso tudo aconteceu!! se a anos atrás não tivessem criado estas criaturas!!- Aplicou um chute perfeito na direção do rosto de Carlos, no entanto, desviou e com uma investida corporal derrubou Foster no chão.

O Capitão da União tentou reagir, mas foi mobilizado pelo experiente inimigo, que o jogou em uma parede próxima e com o seu antebraço pressionou o pescoço de Foster contra a parede, com a outra mão puxou a arma que estava presa a sua cintura, apontando para testa de sua presa.

— Escuta aqui seu verme da União, só lhe permito viver pela sua utilidade contra estes monstros e também estou curioso para ver o rosto do famoso Foster quando descobrir toda a verdade contida nessa nave, entendeu? — abriu novamente um sorriso.

Foster ficou sério, sabia que precisava de ajuda caso mais Nêcroneos aparecessem enquanto procurasse sua tripulação e percebeu também, que não conseguiria vencer facilmente seu inimigo, isso se conseguisse vencê-lo.

— Você não disse que essa arma era só para valor sentimental? — também sorriu, fazendo o mesmo jogo de Carlos.

— Muito bem – afastou o seu braço do pescoço de Foster – Vamos seguir em frente — virou de costas e começou a caminhar.

Foster tentava imaginar o que poderia ser aquela tal “verdade” que Carlos mencionou outrora, conforme o mesmo ia se adentrando por dentro do corredor escuro.


Ir para o próximo capítulo de "Nave Fantasma"

Filho das Profundezas [Semana 13]

Autor: Marco Fischer
Parte XIII - Constelação

-Ainda não se perguntaram por que as estrelas do céu estariam nos olhos de alguém que surgiu de um lugar tão profundo e escuro? – perguntou Violka enquanto observava satisfeita o esboço que Pesha havia desenhado do rosto do Maleko.

Stevo e Pesha se entreolharam confusos. Chuva de Outono apenas moveu suas orelhas de leve, observando a capitã com uma expressão de curiosidade. O silêncio permaneceu por alguns instantes até que o contramestre coçou a cabeça sem graça e murmurou em sua voz grave e melodiosa.

-Isso foi poético, Capitã. Mas ainda não entendo o que tem a ver com nossa...

-Não estou sendo poética. – interrompeu Violka com um sorriso, estendendo o papel sobre a mesa e dando um olhar de cumplicidade para a elfa, que subitamente se alarmou como se tivesse sido pega sonhando acordada.

-Você não pode estar dizendo que... – falou rapidamente a navegadora, espantada com o pensamento que havia concluído ao mesmo tempo em que parecia estar tentando se desculpar.

-Sim, é isso que estou dizendo! Dê uma olhada mais de perto!

A elfa tocou o papel e lentamente passou o indicador pelos pontos brancos que representavam as estranhas marcas luminosas nos olhos do Maleko. Seus próprios olhos se arregalaram e ela rapidamente pegou na bolsa de cânhamo que trazia consigo um antigo pergaminho druídico em pele de bezerro e um compasso náutico prateado, moldado de forma graciosa como a cabeça de uma garça oriental.

-Os olhos dele... Isso não apenas se parece com estrelas... Eles copiam perfeitamente um pedaço das constelações do céu!

-Com licença, Senhorita Outono. – falou Pesha incrédulo – Mas se isso é mesmo uma representação específica da posição das estrelas no céu a partir de um determinado ponto, seria correto dizer que...

-Sim! É um mapa! – a elfa abriu um largo sorriso, olhando para Violka como uma criança que acabara de resolver um quebra-cabeça complicado.

-Exatamente! – afirmou a capitã com orgulho – Agora podemos finalmente parar com esse diálogo enrolado e dramático!

Os outros na cabine se permitiram um sorriso, mas ainda restavam dúvidas. Pesha foi o primeiro a não conseguir contê-las.

-Isso foi afortunado! Então temos um mapa bastante incomum em nossas mãos. Mas para onde você acredita que ele irá nos levar, capitã?

Violka assentiu para Chuva de Outono e a elfa rapidamente entendeu o recado, estendendo uma carta náutica das águas onde estavam sobre a mesa já bastante ocupada. A navegadora comparou então o desenho com o mapa estelar dos druidas no pergaminho de papel velino, que por sua vez lhe ajudou a encontrar uma área distante no meio do oceano ao oeste, uma região isolada e quase inexplorada.

-Se eu estiver correta, a rota apontada pelas estrelas nos olhos do Maleko nos levará diretamente para a cidade perdida de Ula-Yhloa! – anunciou a capitã com um brilho no olhar.

-Ula-Yhloa? – indagou Pesha com espanto. – Apenas o Lendário Capitão Roberts já afirmou ter estado lá!
-E nós não vamos deixar que ele seja o único a ter esse privilégio, hã? – concluiu Violka com audácia.


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 13]

Autora: Natalie Bear
Fora das Sombras

Demorou horas para que a dupla de estrangeiros conseguisse um bom transporte para Cuzco. Novamente Rebeca e Lawrence não trocaram nenhuma palavra desde que deixaram o porão de fábrica onde tinham encontrado o senhor Levine. Agora estavam em uma carruagem e atravessando locais despovoados onde apenas a grama e ambiente gelado reinavam soberanos. Atravessavam uma estrada de terra acidentada que lhes levariam para uma cidade mais próxima, pois já estava perto de anoitecer e precisavam parar para descansar.

Durante a maior parte do trajeto, Xerife ficou debruçado na janela e observando o caminho que faziam, sua calda quase não parava de se agitar. Já Rebeca estava dividida entre a gratidão que sentia por Lawrence ter a ajudado outra vez, quando não tinham conexão para que ele decidisse se meter, e também estava irritada, pois tinha se intrometido e lhe afastado de Levine, que ofereceu ajuda, que ela precisava, já que pouco sabia sobre o paradeiro do pai. Queria voltar a discutir o assunto, que estava entalado na garganta, mas também sentia receio de inicia-lo. Por isso observava o sujeito com aquele olhar que não conseguia disfarçar, remoendo internamente a discórdia com ele.

- O cocheiro disse que falta pouco para a próxima cidade. - Lawrence iniciou uma conversa após se cansar de ser a vítima do olhar amargurado dela.

- Queria continuar viajando, quanto mais tempo... - parou a frase e suspirou.

- É complicado fazer uma viagem durante a noite. Não estamos em um navio. - mantinha um tom distante assim como seu olhar que vislumbrava a paisagem, enquanto acariciava a cabeça do fiel companheiro, o qual tinha a língua pendendo da boca, como de costume.

- O senhor Levine tinha pessoas trabalhando para ele. Pessoas que poderiam nos ajudar a chegar mais rápido em Cuzco. - elevou o tom da voz, claramente incomodada - Ele tem recursos também e conhece o Peru, ao contrário de nós dois!

- Levine não estava querendo lhe ajudar. - respondeu iresoluto.

- E por que ele iria oferecer ajuda se não pretendia ajudar?

- Pois há algo que você tem… Algo que ele quer, ou que pode ajuda-lo a obter. Eles são sempre assim… Essas pessoas. - respondeu com certo pesar na voz, sem lançar seu olhar de cor celeste na moça contrariada.

- E como você pode ter certeza disso?

- Eu já vi o que pessoas como eles fazem para ter o que querem… Riquezas… Poder… Purificação. - desta vez parecia suas palavras não se dirigiam mais à Rebeca.

- Purificação?

- Eles matam por coisas tão tolas como isso…

- Não. Você está falando besteira, senhor!

- Eu queria estar… Assim Emily, Josh, Lisa e Ben estariam vivos agora… - mesmo com aquele olhar vazio e distante, sua voz demonstrava um pouco de dor e sofrimento e acabaram sendo captados pela jovem, que mudou totalmente de expressão, apreesiva e sentindo-se terrível, apesar de não saber direito o que Lawrence dizia e nem quem eram as pessoas donas daqueles nomes.


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Wild Hunt [Semana 13]

Autor: Marlon Kalango
Capitulo 12: Icebrood

O dia raiou e com ele tomamos nosso rumo às partes mais longínquas das Montanhas Shiverpeaks. Despedimo-nos da calorosa e acolhedora cidade de Hoelbrak e seguimos pelas trilhas gélidas e cenários nevados. Havia beleza e morbidez ao mesmo tempo. A incrível vida selvagem, sobrevivendo ao frio implacável, e aqueles que não resistiam ao mesmo. Arawn viajava agora sem seus servos necromânticos, pois segundo ele 'Carne exposta congela fácil no gelo'. Logo, eles não durariam muito.

Mesmo vestindo um espesso casaco de couro, sentia um frio incomodo. Também não evitou que eu perdesse algumas folhas de meus longos cabelos vinhosos. Perto do meio dia, nos abrigamos em uma caverna próxima e fizemos uma fogueira para preparar o almoço. Ouvi vozes ao longe e Arawn se pôs em guarda. Ele parecia tenso, como se soubesse de algo perigoso ali que eu desconhecia. Olhei na direção onde ele observava e vi pessoas ao longe, aparentemente Norn. Mas ele parecia nada feliz em vê-los.

-Tudo bem, meu amigo? - arrisquei.

-Talvez. Eles não parecem estar vindo nessa direção, então podemos evitar um combate desnecessário.

-Eles? - levantei, aproximando-me. - Não são Norn?

-Eram. - Ele se aproximou da parece da caverna. Ao longe, o grupo sumia em meio à neve. - Eles se denominam Filhos de Svanir. Renderam-se à corrupção do dragão de gelo, Jormag. E agora fazem atrocidades em seu nome. Que os espíritos nos guiem por caminhos distantes deles, meu amigo.

Arawn comeu em silencio. Parecia chateado, indignado. Comi também em silencio, e então descansamos até a nevasca dar uma trégua em seus ventos impiedosos. Após um bom tempo descansando na caverna, seguimos em jornada novamente. Após algumas horas de caminhada, Vajra demonstrou sinais de inquietação: as orelhas em pé, cauda rija, folhas visivelmente eriçadas, mesmo sobre a proteção de couro macio que lhe dei para proteger do frio.

-O que foi garoto? - abaixei-me, tocando-lhe a cabeça - mostre-me.

Com um latido baixo, ele saiu em disparada pela neve. Arawn e eu trocamos um breve olhar e seguimos atrás. Corremos por alguns bons metros e começamos a ouvir vozes. Gritos. Dei ordem ao meu cão que ficasse em guarda e nos esgueiramos por cima de um morro. Lá em baixo, partes escassas de vegetação e um rio. O mesmo grupo de Norn que havia passado próximo a nos mais cedo. Ao centro, eles cutucavam com lanças e atormentavam um Quaggan. A doce e pacífica raça aquática de Tyria. Ele gritava e implorava por misericórdia, mas não lhe davam ouvidos.

-Temos que agir agora. - Arawn falou subitamente, apontando para baixo. - Aquelas pontas de lança que eles levam é gelo corrompido.

-O que isso quer dizer? - respondi, já tomando meu arco em mãos.

-Que se não salvarmos o Quaggan logo, todo esse tormento e as feridas daquele gelo irão contaminá-lo com a corrupção do dragão, tornando-o um de seus servos abomináveis. - Ele engoliu em seco, e sua revolta era quase palpável no ar. - Vai se tonar um Icebrood.


Ir para o próximo capítulo de "Wild Hunt"

“SentiMente” [Cancelado]

Autora: Silvia Verlene

- Desistência -

Contos do Amante da Morte [Semana 13]

Autora: Mari-Youko-Sama

- Sem capítulo esta semana -

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Semana 12 + Resultado da semana 11 + Atividade Extra de julho

Semana 12 do MONOBA

A nova rodada de "novels" está no ar. Estamos praticamente na metade do caminho! Confira as histórias clicando nos links abaixo, nas abas de cada obra ou simplesmente navegando pelo blog.


Pepper & Donuts: Capítulo 12 - Donuts 12: Adeus

Filho das Profundezas: Parte XII - Pesha

Requiem: Procurando a Verdade

Wild Hunt: Capítulo 11: Destino.

Contos do Amante da Morte: Capítulo 11: Hino de Guerra.


Lembrando que a votação já está aberta e você pode votar até às 23:59 do dia 18 de junho (quarta-feira). Essa votação não definirá somente o vencedor da semana, mas também o do mês! A nova rodada de "novels" estará no ar dia 20 de junho (sexta-feira). Boa leitura e divirta-se! E muito obrigada pelas mais de 6 mil visualizações!


Resultado da votação da semana 11

Totalizando 17 votos, o MONOBA apresenta a seguinte classificação:

Em primeiro lugar, com 8 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 5 votos, a história "Filho das Profundezas", de Marco Fischer.
Em terceiro lugar, com 2 votos, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi.

Em seguida temos "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (1 voto) e "Requiem", de Natalie Bear (1 voto). "Wild Hunt", de Marlon Kalango e "SentiMente", de Silvia Verlene não participaram essa semana, então não recebem pontos. "Neocene II - nanoships" está a três semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá dois pontos negativos (-2).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes da pontuação em "Ranking".


Atividade Extra de julho

Infelizmente no mês de junho não tivemos homenagens, mas se você perdeu a chance de ajudar o seu escritor favorito, agora você pode!

O que são essas "Homenagens"? As homenagens podem ser ilustração ou fanfic (texto feito por fãs, baseado em uma obra existente). Você pode fazer uma ou várias homenagens para quantos escritores quiser! Como recompensa, cada escritor recebe 1 ponto extra por homenagem e as 3 melhores homenagens entram em votação pública na nossa página do Facebook (www.facebook.com/mobilenovelbattle), onde o escritor tem a chance de receber ainda mais pontos. Mas, além dos pontos, sua participação dá força para os escritores se empenharem cada vez mais nessa batalha!

Para saber como enviar sua "homenagem", basta clicar na aba "Atividade Extra" e ler as regras, que são bem simples. O tema deste mês de julho é nada mais nada menos do que "inverno". Você pode enviar sua homenagem até dia 9 de julho (quarta-feira). Participe! Estamos esperando por você!

Neocene II – nanoships [Semana 12]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 12]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 12 - Donuts 12: Adeus

Os pais de Aiko assustaram assim que viram a garota parada, de pé, com uma expressão confusa.

- Ah...na verdade ainda não é certeza, querida...Por que não vai dormir?
- Isso mesmo! Nós também já vamos dormir.
- Mas...eu não quero ficar longe da Miki.

Aiko mudou a sua expressão de confusa para triste e seus pais não sabiam o que falar pra garota. A mãe apenas colocou sua mão no ombro da filha e a levou para seu quarto, em silêncio. Alguns dias se passaram e os pais de Aiko evitaram comentar sobre qualquer coisa relacionada ao que a garota ouviu naquela noite.
Após quatro meses vivendo com as economias da poupança e com um dinheiro emprestado dos pais de Misaki, os pais de Aiko resolveram recorrer ao último recurso: tentar a vida no outro lado do mundo, no “país do sol nascente”. Misaki iria morar com os avós e com seu tio Akihiko, já que o pai ainda achava a garota uma distração para seu filho mais velho. A notícia sobre a mudança repentina dos tios e da prima para o Japão chocou a garota. Desde aquela noite em que ouviu parte da conversa dos pais, Aiko não comentou nada com a prima, pois achava que os pais não iriam tomar uma decisão tão drástica assim.

- Japão?! Mas por quê?
- O pai e a mãe disseram que não tem jeito...que as contas estão aumentando e nenhum emprego aceita meu pai por causa da idade dele.
- E se você ficar aqui? Você pode ficar na casa dos avós, não pode, Aiko?!
- N-não sei...escuta, Miki...
- Huh?
- E-eu não queria esconder isso de você, mas...eu meio que...já sabia desse negócio de ir pro Japão...
- ...como?
- Quando meu pai foi demitido, eu ouvi ele e a minha mãe falando de ir pro Japão e tal, mas não achei que eles fossem levar isso a sério...
- O que? Você já sabia disso e não me contou?!
- Eu achei que não era nada...essa notícia deles me pegou de surpresa também...
- Nós prometemos não esconder nada uma da outra, não é? Sua mentirosa!!
- Espera, Miki!
- É melhor que você vá embora mesmo!
- Miki!!

Depois da discussão, Misaki juntou todas as suas roupas e pertences e pediu aos tios que a levassem pra casa dos avós. Sim, era um gesto mesquinho e precipitado mas a garota não ligava, por dentro sentiu como se tivesse levado uma apunhalada no coração. Promessa era algo que a garota valorizava e levava a sério. Aiko tentou conversar com Misaki várias vezes, mas a garota não respondia as ligações e não queria conversar com a prima. Uma semana depois, ela e os pais foram pro Japão.

As memórias de Misaki a respeito de Aiko pararam ali.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 12]

Autor: Lucas Suwgamm

- Sem capítulo esta semana -

Filho das Profundezas [Semana 12]

Autor: Marco Fischer
Parte XII - Pesha

Já era noite, e o navio de Violka voava entre as nuvens iluminadas pelo brilhante luar das Ilhas Kupuna. O mar abaixo cintilava refletindo o céu noturno e ocasionalmente era tingido pela luz intensa e azul das algas bioluminescentes agitadas pelas ondas. Um cardume de baleias surgiu como um esquadrão de manchas escuras à frente, lançando esguichos tão altos que quase alcançavam o convés do Hummingbird.

Em sua cabine, a capitã relaxava diante da grande vidraça, deitada em uma grande e confortável rede de tecido vermelho enquanto bebia de um coco partido ao meio. O parapeito da vidraça estava totalmente ocupado por cestos e tigelas de barro contendo abacaxis, romãs, ameixas e todo tipo de fruta que havia negociado com os nativos, além de uma jarra contendo um doce e delicado vinho rosé.

Quando alguém bateu à porta, ela se levantou calmamente já sabendo de quem se tratava. Ali estavam sua navegadora Chuva de Outono, seu contramestre Stevo, o homem grande de rabo-de-cavalo que a havia acompanhado para alimentar o Maleko no porão, e um jovem com óculos de aro grosso e barba rala, chamado Pesha.

Diferente do que muitos no Império Windlês insistiam em acreditar, o povo cigano de Violka não era formado por ladrões de estrada e artistas itinerantes. Eles eram um povo nômade que preferia viver de forma honesta sem comprometer a própria liberdade, mas cujos costumes diferentes acabavam gerando desconfiança e superstição entre os habitantes das cidades por onde passavam.

Pesha era um dos infelizmente comuns exemplos de oportunidade negada por esse preconceito. O rapaz tímido e estudioso sonhava em se tornar um acadêmico em uma das Reais Sociedades de Windlan, mas os inúmeros entraves burocráticos e as impressões erradas sobre seus antecedentes acabaram fazendo com que ele se visse obrigado a se tornar um ‘agente de campo’ naquela tripulação.

O jovem não tinha muito a reclamar do tratamento da capitã, mas diferente do que seus colegas mais ‘civilizados’ acreditavam, ele não era um ‘ladrão aventureiro’ e temia por sua vida nas viagens perigosas do Hummingbird, principalmente quando não tinha noção das reais intenções da capitã, como daquela vez. Ele só desejava fazer logo alguma descoberta importante e ser reconhecido por seu esforço intelectual, não por alguma habilidade ‘ladina’ que lhe era falsamente atribuída.

Com um suspiro resignado, Pesha acompanhou a elfa e o grandalhão até a mesa de reuniões da cabine, onde Violka já se sentava diante deles com uma expressão de plena curiosidade, que mal podia ser contida quando ela falou.

-Fizeram o que pedi?

-Ele pareceu um pouco desconfiado no começo, mas acabou se comportando – respondeu Pesha com sua voz contida e educada, estendendo um papel amarelado para a capitã. – Stevo teve que prometer trazê-lo o dobro de peixes amanhã, se não se importar.

-De forma alguma! Até um cardume inteiro seria um preço pequeno a pagar pelo que temos aqui! – respondeu Violka segurando o papel com um brilho nos olhos. – Já estava na hora de vocês saberem o real motivo dessa viagem!


Ir para o próximo capítulo de "Filho das Profundezas"

Requiem [Semana 12]

Autora: Natalie Bear
Procurando a Verdade

O local era amplo e muito claro. Várias colunas dispunham-se enfileiradamente e atravessavam toda a extensão do salão, como se formando um largo corredor. As paredes eram decoradas com motivos dourados e esculpidas com desenhos característicos.

Walter estava deslumbrado por todos os magníficos detalhes que encontrava no interior daquele templo tão antigo e misterioso. Seus olhos brilhavam a cada nova pequena descoberta que faziam ali.

- Este é templo de sol. - o homem baixinho que vestia um chapéu muito chamativo e feito de ouro explicou, abrindo os braços e apresentando o senhor WIlliams ao local.

- É muito bonito, senhor. - sua atenção estava mais a frente onde um altar iluminado por raios de sol que provinham de uma abertura circular no teto de pedra.

- Muito. - afirmou com um sorriso orgulhoso, que logo deu lugar a uma expressão séria - Mas ter assuntos importantes para falar com o senhor.

- Eu já sei do que se trata. - baixou a cabeça, como se intimidado pelas palavras daquele homem imponente, que vestia uma túnica longa e branca, contrastando com sua pele marrom.

- Primeiro preciso pedir desculpas de como eles trazem você aqui. Para a nossa cidade. Precisava manter o caminho um segredo. - o homem sentou-se em uma cadeira simples de madeira que estava ao seu lado.
- Eu… Entendo. - Walter esboçou um sorriso amarelo.

- Eu, Huamanpallpa, sou o Senhor desta terra. Eu requeri sua presença. - pousou a mão sobre o peito, logo abaixo do chamativo colar de ouro.

- O senhor desta terra? - Walter Williams alarmou-se e curvou brevemente o pessoço na direção do homem em um sinal de respeito.

 - Sim. - meneou positivamente a cabeça e pigarreou, voltando ao que dizia - O senhor tem nosso Intiq P’uku. Ele esteve perdido por muitos anos e então o senhor achou. O senhor muito competente. Mas Intiq P’uku é um objeto muito perigoso fora de cultura Inca. - fez uma careta severa, enquanto isso ajeitava a capa escura que vestia sobre os ombros.

- Estou ciente disso, senhor Huamanpallpa. - se não houvesse conhecido este homem antes de saber que ele era o dono daquelas terras, talvez o senhor Williams não fosse capaz de pronunciar seu nome tão bem.

- Onde ele está?

- Eu sinto muito, mas eu também temia o que poderia acontecer se descobrissem o que encontrei naquela escavação em Vilcabamba, por isso mandei Intiq P’ukur para minha terra, além dos mares, na Inglaterra. - lamentou-se, baixando a cabeça, arrependendo-se ainda mais de ter tomado aquela decisão precipitada.

- Primeiro, senhor Williams, aquela não é Vilcabamba. Aqui, nossa terra, é Vilcabamba. - respondeu com um travesso sorriso, mesmo com um tom sério.

- A-aqui? Vilcabamba? - sobressaltou-se, deixando sua voz tornar-se alta o suficiente para ecoar pelas paredes do templo - Mas… Então… Que cidade era aquela na qual estávamos escavando e retirando todas aquelas relíquias?

- O povo de Peru a chama de Machu Picchu. A Velha Montanha.


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Wild Hunt [Semana 12]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 11: Destino.

Meus pensamentos estavam confusos, sentia a cabeça começar a rodar. Meu Sonho talvez não fosse meu? Será? Mas se não, então porque eu via aquelas imagens? Porque sentia aquelas sensações de frio, desesperança, e desespero? Eram tantas dúvidas, uma mais perplexa que a outra, que senti que iria vomitar. Levantei-me de súbito, alarmando Arawn.

-Tudo bem, meu amigo? - perguntou, preocupado com meu gesto brusco.

-Sim, sim... -menti.- Apenas, acho que a comida talvez possa não ter me caido tão bem

-Oh, céus. Quer que eu o leve até minha casa pra tomar algo, ou...?

-Não! não precisa. olhe, vou dar uma volta por ai, pra espairecer. Só preciso de um tempo, e tudo ficará bem. Eu o encontro mais tarde em sua casa, tudo bem?

-Hum...tudo bem. - ele me olhou confuso. - Te vejo depois então. Tome cuidado por ai.

Deixei Arawn me sentindo culpado e com uma aflição me apertando o peito. Uma sensação de vazio me acometeu, e senti que minha cabeça iria explodir. Vaguei pela vasta cidade dos Norn, até chegar num alto pico congelado. Sentei-me, confuso, soltando um longo suspiro.

-Oh, doce Melandru. Que confusão em minha cabeça. Oh, Abençoada Mãe...preciso tanto de seu conselho. -Pensei na Mãe Árvore, e como gostaria de seu calor acolhedor, e sua voz serena para me guiar. Neste momento, ouvi um sussurro que era mais uma sensação. Ele foi aumentando mais e mais, até que palavras nítidas vinham em minha mente. Era a voz da Mãe Árvore.

-Não se aflija, filho meu. -Sua voz doce e serena, acalmando minha alma. - Sinto uma perturbação muito grande em seu espírito. Mas não estás só.

-Oh Mãe, minha cabeça dói. O que é toda está dúvida? será que meu sonho não é realmente meu?

-Etherdry, você diferente de outros sylvari, nasceu sob circunstancias muito especiais. Tem um grande futuro à sua frente. Mas para alcançá-lo, você terá que descobrir fundo em sí mesmo, o real significado do seu sonho, e passar por provações que apenas você pode superar.

-Mas...me sinto tão perdido, Mãe.  - suspirei, cansado.

-Querido filho, sinto não poder tirar sua aflição por completo. Mas isto lhe digo: Seu lugar é ao lado do Norn. E assim como apenas você pode desvendar esse mistério, apenas ele pode lhe ajudar em sua jornada. Esteja em paz, Valente. Ventari o guie...

A sensação foi sumindo aos poucos, ate que quando percebi, estava em frente à porta de Arawn. Não fazia idéia de como havia chegado ali.A dúvida ainda estava lá, mas agora eu tinha uma pista. Aonde Arawn fosse, minha jornada estava ligada à ele. Entrei em sua casa e o encontrei dormindo, seu servo ao lado, e ele com o rosto sereno. Sorri, enfim. Quando o sol surgisse, eu sentia, tudo estaria melhor.


Ir para o próximo capítulo de "Wild Hunt"

“SentiMente” [Semana 12]

Autora: Silvia Verlene

- Sem capítulo esta semana -

Contos do Amante da Morte [Semana 12]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 11: Hino de Guerra.

O sol se punha em um céu vermelho, a sombra dos estandartes encobriu o posto e misturou-se às sombras da noite. A sensação de batalha iminente era algo que todos podiam perceber, dos menos hábeis aos mais experientes, todos tinham uma expressão escura guiada ao horizonte, onde pontos luminosos de fogueiras eram acesos.

Marcos não tinha muitos bens além de uma espada recebida do posto, um escudo de madeira e um machado. Era notória qual a função do jovem Blackwood: ficar ao final da fila de homens e ser mais um corpo na pilha de cadáveres. Novamente Marcos cerrava os dentes e contorcia o rosto em uma careta de desgosto, em seu âmago se agarrava à promessa que tinha feito:

– Não posso morrer! – comentou mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa.

– Ninguém quer morrer... – respondeu outro jovem de quatorze anos, com cabelos loiros arrepiados – você sabe o que dizem sobre Eadgar?

– Ouvi muitas coisas. – afirmou – Mas não sei onde termina o mito e começa a verdade... – o moreno concluiu, sem muita confiança.

– Esse é o problema, como saber? – o menor encarou Marcos com a expressão aterrorizada.

– Não sei responder – Marcos desviou o rosto e voltou seu olhar para o horizonte, o sol já tinha se posto e o inimigo ainda não tinha atacado. – O que eles estão esperando?

– O medo tomar conta de todos deste posto – a voz rouca de Solomon cortou o ambiente como uma navalha. – Eles são estrategistas, os melhores do continente Rubro, e sabem que as pessoas desse posto são em sua maioria camponeses que não têm espírito de combate… então esperam provavelmente nossa rendição sem combate.

– Nos render não é uma opção! – Marcos amargou a situação, sabia que a maioria seria decapitada e o resto posto como escravo.

– Verdade… – Solomon lançou um olhar analítico para o moreno – mas, se eles querem evitar combate, significa que não têm tantos homens, devem ter perdido uma boa leva no caminho até aqui. No entanto, nos também não podemos esperar, senão ficaremos sem alimento, o ataque acontecerá hoje.

Como um prenúncio do combate, logo se ouvia o som conhecido ecoando pelo vale, a comitiva de Eadgar começava a se alinhar novamente com seus cavalos e os homens batiam em seus escudos. Em resposta, Solomon fez sinal e todos os homens com escudos do posto repetiram o gesto, começando a bater e urrar.

A fila se movia em trote lento e alinhado, em seguida ergueram os escudos em uma parede, logo uma chuva de flechas partiu em direção a linha inimiga, mas isso não diminuiu e nem aumentou o ritmo da comitiva. Em resposta, uma chuva de flechas cortou o ar e acertou a barreira do posto. Então Marcos sentiu aquele aroma inconfundível, um calafrio percorreu-lhe a espinha, mas era muito tarde para qualquer aviso.

“O meu coração costumava acompanhar estes sons, do choque de corpos e gritos, fúria e desespero, ira e terror, vida e morte… o hino da guerra!”


Ir para o próximo capítulo de "Contos do Amante da Morte"

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Semana 11 + Resultado da semana 10 + Atividade de junho

Semana 11 do MONOBA

Mais uma semana do MONOBA está no ar! Continue acompanhando a batalha mais divertida da internet. Infelizmente, não teremos nessa semana: "Neocene II - nanoships", "Wild Hunt" e "SentiMente". Confira as histórias clicando nos links a baixo, na aba de cada história ou navegando pelo blog.


Pepper & Donuts: Capítulo 11 - Donuts 11: Sorriso

Nave Fantasma: Pontos.

Filho das Profundezas: Parte XI - Colibri

Requiem: O Descrente

Contos do Amante da Morte: Capítulo 10 – Ventos do Norte


Boa leitura e divirta-se. Lembrando que você já pode votar na sua história preferida. Vote na enquete que se encontra na aba lateral do blog ou na aba "Votação". A votação vai até dia 11 de junho (quarta-feira). E não perca! A nova rodada de “novels” estará no ar dia 13 de junho (sexta-feira).


Resultado da votação da semana 10

Com um total de 20 votos, o MONOBA apresenta os ganhadores da semana:

Em primeiro lugar, com 9 votos, a história "Contos do Amante da Morte", de Mari-Youko-Sama.
Em segundo lugar, com 4 votos, a história "Requiem", de Natalie Bear.
Em terceiro lugar, com 3 votos, a história "Pepper & Donuts", de Adriana Yumi (que disputou a colocação com "Filho das Profundezas", de Marco Fischer, em uma votação interna de desempate).

Em seguida temos "Filho das Profundezas", de Marco Fischer (3 votos); "Nave Fantasma", de Lucas Suwgamm (1 voto); "Wild Hunt", de Marlon Kalango (sem voto) e "SentiMente", de Silvia Verlene (sem voto). "Neocene II - nanoships" está duas semanas consecutivas sem participar do MONOBA, então receberá um ponto negativo (-1).

Parabéns aos vencedores da semana!
Confira mais detalhes da pontuação em "Ranking".


Atividade de junho - Homenagem para os escritores.

Você tem até às 23:59 do dia 11 de junho (próxima quarta-feira) para ajudar o seu escritor favorito a conquistar pontos extras! Basta fazer uma homenagem - que pode ser uma ilustração ou fanfic - com o tema "música". O que está esperando? Para saber mais como enviar sua homenagem, visite a aba "Atividade Extra". Todas as homenagens serão postadas na nossa página do Facebook: www.facebook.com/mobilenovelbattle. Curta e fique de olho nas novidades!

Neocene II – nanoships [Semana 11]

Autor: Moonlance

- Sem capítulo esta semana -

Pepper & Donuts [Semana 11]

Autora: Adriana Yumi
Capítulo 11 - Donuts 11: Sorriso

Misaki petrificou.

Não conseguiu se mover, apenas seus olhos cheios de medo pareciam ter vida naquele momento. Ela queria fazer algo, fugir, gritar, pedir por socorro, fazer qualquer coisa, mas seus membros não obedeciam. O rapaz avançou em direção à Misaki, mas antes que pudesse fazer qualquer mal à garota, notou um barulho vindo de trás. Era Aiko.

- Saiam de perto dela ou eu começo a gritar tão alto que todo mundo vai vir aqui!!
- Ih sujou! Vamos embora!
- Deixa  a piveta aí, cara! Vamos vazar antes que a coisa fique feia!
- Aff, se safou menina. Vamos embora então!!

Os arruaceiros saem correndo, deixando o parque. Diante da comoção de Aiko, alguns curiosos, que estavam ali no parque de passagem, observam o ocorrido, mas percebendo que não era nada grave, voltaram a caminhar ou a continuar seus afazeres. Misaki baixou a cabeça e passado o susto, sentiu suas mãos trêmulas, porém não largava das correntes que estavam presas ao banquinho, ao invés disso, as apertava com mais força. O vento balançava espontaneamente o balanço onde estava sentada, como se quisesse confortá-la. Aiko se aproxima da garota e lhe dá um sorriso.

- Miki, até quando você vai fazer essa cara? Vamos brincar!!

Ao notar as palavras e o sorriso de Aiko, Misaki sentiu seu mundo ganhando uma nova cor. Aquela garota tímida e fria estava com um sorriso radiante, um sorriso que abria e aquecia o coração da pessoa mais depressiva do mundo.

- Vamos sim!!

Misaki se levanta do balanço e as duas garotas vão brincar no parquinho até tarde da noite, fazendo os pais de Aiko irem até lá procurar por elas. Apesar da bronca que as meninas levaram por ficarem fora de casa até tão tarde, após esse incidente a amizade das duas cresceu. Elas compartilhavam quase tudo juntas, iam para a mesma escola, conversavam e brincavam bastante, de forma que ambas resolveram fazer uma promessa: a de nunca se separarem. Como prova da promessa, Misaki fez duas pulseiras coloridas, uma pra ela e outra pra Aiko, onde ambas usavam pra tudo quanto era lugar. Elas não sabiam, porém, que os pais de Aiko estavam sofrendo com as despesas da casa, que aumentavam a cada mês que passava. E a gota d'água veio num dia chuvoso de inverno.

- Não acredito!! Por que eles te demitiram, querido?!
- Disseram que era corte de funcionários...como eu era o mais novo, fui um dos primeiros a sair...eu e mais uns 10 de lá foram demitidos, praticamente.
- E agora, como vamos fazer pra criar duas meninas? Tudo bem que estão enviando dinheiro pra custear as despesas da Misaki, mas mesmo assim...
- Já faz um tempo que estava pensando...pode parecer loucura, mas...
- O que foi?
- Por que não tentamos algo no Japão?
- No Japão...?
- Japão? Eu vou ter que ir embora...?

Aiko ouve sem querer a conversa.


Ir para o próximo capítulo de "Pepper & Donuts"

Nave Fantasma [Semana 11]

Autor: Lucas Suwgamm
Pontos.

Sobre uma superfície lisa e translúcida um modelo tridimensional da nave misteriosa era projetado, pequenos pontos coloridos representavam Foster e o seu grupo de exploradores assim como outras pessoas e criaturas que os cercavam.

Toda essa informação era acompanhando por olhos verdes e atentos de Yukina, em especial, no ponto azul-esverdeado, que representava o seu amado Jhon Foster; acabara de restabelecer a comunicação com o grupo, passando por todo bloqueio imposto pelos renegados e os primeiros dados recebidos não era nada animador.

— O que está acontecendo? — indagava o homem de cabelos pretos e mexas azuladas que caiam sobre a testa, ao ver a miniatura digital da nave.

 — os 5 pontos de distintas tonalidades de azul, são os nossos companheiros, os amarelos são os rebeldes e os roxos de centro esbranquecidos são Nêcroneos....— falava a moça oriental sem tirar o olhar da projeção.

— Eu sei o significado das cores, fiquei dias para decorar isso na academia – Brian gesticulava com as mãos — o que eu quero entender é o que aconteceu quando estávamos sem comunicação?  — Seu olhar expressava cada vez mais confusão – Que diacho!! De onde vieram estes malditos Nêcroneos?!

— Não sei... — Yukina deu uma pausa ao ver alguns pontos roxos sumindo, junto com um amarelo – No entanto, estão ganhando. — Tentava manter a calma, tentando esconder toda sua preocupação.

Ao ver a última mancha roxa desaparecendo entre uma amarela e o azul-esverdeado de Foster, Yukina suspirou aliviadamente, no entanto, não podia relaxar totalmente, ainda havia muitos sinais amarelos perto dos seus companheiros.

— Será que vai aparecer mais destas criaturas? — mentalmente, o jovem recruta amaldiçoava seu destino, por acontecer tudo isso em sua primeira missão.

— Também não sei... só sei que precisamos achar alguma forma de ajudá-los contra os rebeldes agora  —  a moça virou de costa para a mesa e se dirigia para o painel da nave, afim de se comunicar com o restante da equipe.

- MAS O QUE ACONTECEU?! - Brian colocou as duas mãos sobre a mesa projetora.

O grito do jovem fez com que Yukina imediatamente parasse com o seu afazer virando novamente para a imagem holográfica no mesmo instante, sua expressão mudou totalmente, pois visualiza o ponto que representava Foster caindo pelo holograma, junto com outro amarelo.

O sinal do capitão desaparecera instantes depois, assim como a coloração de Yukina que ficava cada vez mais branca, seus olhos não transmitiam mais vida, a imagem calma que tentava transmitir a pouco, desfarelava-se completamente, queria gritar, mas não conseguia, queria correr para a mesa, mas suas pernas não se mexia e o pior, tremiam em sinal de fraqueza, deixou-se cair de joelhos, no movimento, o cabelo cobriu o seu rosto, enquanto olhava para o nada, imaginando o pior.


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Filho das Profundezas [Semana 11]

Autor: Marco Fischer
Parte XI - Colibri

O convés do Hummingbard balançava de forma quase imperceptível nas ondas, seguindo o vento e pouco a pouco se afastando da ilha. Violka desceu as escadas do convés com a ajuda de uma muleta, acompanhada por um homem careca de porte atarracado e com um espesso bigode grisalho. Eles caminharam entre a tripulação atarefada até um pequeno aposento no porão, onde o Maleko se encolhia em um canto úmido, o olhar estrelado vago e distante.

-Você ainda não deve ter comido nada hoje. – disse a capitã segurando um lampião e olhando para o garoto-peixe com preocupação – E temos aposentos melhores no navio, se quiser saber.

-Estou bem aqui. Muito seco e barulhento lá em cima. – respondeu o Maleko com aparente cansaço na voz. Ainda estava confuso e fraco depois do que havia acontecido no abismo, e apenas concordara em embarcar por não ter escolha. Tanto o Rei Polvo como o Kahuna o consideravam uma ameaça agora, e ele não seria mais bem-vindo no santuário da ilha.

Com um suspiro de resignação, Violka assentiu para o homem que o acompanhava e este colocou um balde com alguns atuns frescos próximo ao rapaz. Sem nenhuma cerimônia, o Maleko avançou sobre um dos peixes e começou a devorá-lo vorazmente, ali mesmo na frente dos dois.

-Bâldâbâc! Parece que você já está bem à vontade aí mesmo. – exclamou Violka com uma expressão que misturava uma risada com uma careta de nojo. Ela então se virou ao escutar a navegadora elfa que se aproximava com urgência, trazendo em sua mão a luneta.

-É o navio de Faulkner – alertou Chuva de Outono – Tão vindo atrás da gente.

Violka seguiu a elfa até a popa e lhe tomou a luneta das mãos, vendo o navio dos Arautos do Vapor expelindo uma grossa coluna de fumaça pelas chaminés de sua caldeira mecânica, que trabalhava com toda a força para ganhar o máximo de velocidade. Aquele não era um ritmo que conseguiriam manter por muito tempo, mas seria o suficiente para abordar o pequeno e ágil Hummingbird.

-Olha lá o homenzinho e seu brinquedo achando que pode vir aqui e levar o nosso hóspede. – disse Violka com escárnio, abaixando a luneta e sorrindo para a elfa. - Vamos mostrar a ele porque ninguém alcança o nosso navio!

-Ah! Eu tava só esperando você falar! – respondeu Chuva de Outono com uma alegria infantil, correndo animada para o timão e fechando os olhos enquanto começava a entoar uma canção melodiosa e ressonante, como o canto de uma baleia.

Dente de leão, pitada de poeira.
Que leva embora a brisa altaneira.
Leva também esse barco a navegar.
Para ir nas nuvens também flutuar.


A tripulação do Hummingbird já sabia o que fazer assim que começou a escutar o encantamento. Se segurando firme nos cordames, eles sentiam a vibração cada vez mais forte vinda do casco. Logo, várias asas de luz como as de um colibri em voo surgiam nas laterais do navio, o erguendo das ondas para o céu dourado do poente.


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Requiem [Semana 11]

Autora: Natalie Bear
O Descrente

Com a ruidosa baderna vinda da entrada do porão, o clima tornava-se mais carregado e agitado.

- Senhor Louie, deixe-o entrar antes que destrua tudo aqui. - Levine sugeriu ao sujeito de rosto gorducho.

- Ah… Sim senhor. - ele apressou-se, voltando de onde viera.

- Os dias andam agitados por aqui. - o homem de meia idade confessou para a jovem com um sorrisinho enfadonho.

-  Por favor, senhor Levine - Rebeca continuou, ignorando o barulho e gritaria - Passe-me todas as informações sobre o que aconteceu ao meu pai. Estou desesperada. Tenho que resgatá-lo à tempo! - seus suplicantes olhos de avelã enchiam-se de lágrimas - Ele precisa de mim… E eu preciso do artefato… - murmurou e baixou o olhar, ainda mais desanimada.

- A última vez que o vi ainda estávamos em Vilcabamba. - o sujeito alisou a barba lentamente, aparentando um pouco de nervosismo com o alarde que começava a se cessar - Acredito que nativos tenham o levado para algum lugar mais ao sul, para perto de Titicaca, como disse mais cedo.

Antes que a garota pudesse responder, os dois ouviram latidos reverberando pelas paredes do local.

- Xerife? - Rebeca balbuciou abismada, virando-se na direção do latido.

Poucos segundos depois a animal apareceu correndo na direção dela, sentou-se em sua frente e abanou a cauda com entusiasmo.

- Olá Xerife! - a moça esboçou um sorriso e agachou-se para acariciar sua cabeça, contente de ve-lo novamente.

O cão lambeu o rosto dela em resposta aos afagos.

- Você é o patrão destes desordeiros? - Lawrence, que estava de mãos vazias, aproximou-se deles e dirigiu-se à Levine, seguido de mais cinco homens que vinham em sua cola. Um deles era Louie e outro o homem que usava um chapéu e tinha o abordado na rua mais cedo.

- Sim. - Levine respondeu de forma imponente.

- Comande-os para nos deixar em paz em nossa viagem. - decretou resoluto.

- O senhor veio até aqui por mim? - a senhorita Williams arregalou os olhos em surpresa,  esperançosa e foi respondida por um movimento de cabeça dele.

- Sinto muito por te-los atrapalhado, mas irei recompensa-los pelo transtorno que causei. Me juntarei à vocês na viagem até Cuzco e providenciarei o que necessitarem.

- Oh! Muito obrigada, senhor Levine! - Rebeca agradeceu entusiasmada.

- Não. - Lawrence respondeu, logo depois dela, rispidamente.

- Por que não? - ela exclamou incrédula.

- Não precisamos. - segurou a moça pelo pulso e a arrastou para fora, enquanto Rebeca resmungava reclamando e Xerife os acompanhava.

Senhor Levine estranhou como seus subordinados observavam os dois se retirarem com olhares arregalados, até que o sujeito com chapéu aproximou-se e informou que Lawrence estava armado.

- Senhor Levine ia ajudar! - Rebeca bradou indignada, quando o trio estava fora da fábrica.

- Um homem que lhe sequestra não pode estar querendo ajudar.- resmungou irritado, puxando-a apressadamente para longe. Um minuto bastou para que Lawrence colocasse senhor Levine na lista de não-confiáveis.


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Wild Hunt [Semana 11]

Autor: Marlon Kalango

- Sem capítulo esta semana -

“SentiMente” [Semana 11]

Autora: Silvia Verlene

- Sem capítulo esta semana -

Contos do Amante da Morte [Semana 11]

Autora: Mari-Youko-Sama
Capítulo 10 – Ventos do Norte

Nas terras mais ao norte no Cerco de Súlinm, o calor era sentido com muito mais ferocidade que nas distantes colinas do Sul do Cerco de Haldris de onde Marcos viera. No posto onde tinha sido enviando passava os dias fazendo serviços ordinários, como tapar buracos na barreira feita de traves de madeira, ou cavar sulcos nas áreas externas a barreira, embora ouvisse dos outros soldados que todos aqueles pequenos trabalhos eram importantes para a guerra, Marcos sabia que todos estavam felizes pelas linhas do extremo norte serem capazes de conter os avanços vindos do Cerco vizinho de Eadgar.

Por isso não havia muito que fazer para se ocupar. Afora o horário da manhã, onde era obrigado a treinar com os espadachins e servir de chacota aos guerreiros mais velhos por sua pouca perícia com espada, tinha de alimentar cavalos e fazer reforços em todo o posto e nas adjacências. Mas naquele dia, Marcos estava no grupo de obtenção de comida, caminhava por horas a fio nas redondezas, abrindo trilhas, caçando animais que já estavam escassos nos arredores e recolhendo ervas e demais plantas comestíveis.


“Nunca me esquecerei daquela sensação, quando avistei a coluna de fumaça e quando o vento mudou de direção trazendo aquele aroma inconfundível… e o terror da morte.”


Quando Marcos avistou a coluna de fumaça a distância, sabia que ali era a primeira torre de vigilância e logo uma sensação de medo lhe acometeu. Poderia ser apenas um incêndio comum, mas em seu âmago sabia que precisaria correr. Quando retornou ao posto, as notícias já tinham chegado junto a um falcão: era realmente um ataque.

Da murada principal era possível ver o estandarte Laranja com o brasão de lança e espada cruzadas, das terras de Eadgar. Junto a este, uma fileira enorme de cavalos se alinhava na parte superior da colina, a sombra daqueles homens montados encobriu a luz do sol que se punha atrás do exército inimigo.

Marcos sentia suas mãos tremerem, seu coração estava na garganta e suor escorria pela testa, seus olhos percorreram o horizonte. O moreno cerrou o punho, a ponto de sentir as unhas na carne da mão, e amaldiçoou mentalmente a covardia em seu espirito. Quando uma voz rouca rasgou o silêncio em uma ordem seca:

– Peguem suas armas e escudos! Assim que o sol se pôr, atacarão. E daremos a eles as boas-vindas de Súlinm.


“Dizem que enquanto se está vivo, é a constante busca pela felicidade que mantém a esperança para encarar o dia de amanhã, mas na verdade, tudo isso é balela. As memórias mais fortes são as mais aterrorizantes, dias de fome e frio certamente tornam-se pesadelos recorrentes, mas o verdadeiro terror está na morte iminente. E é esse medo que faz cada ser vivente se agarrar como um verme à vida. Os dias obscuros de guerra são recordações tão presentes que ao fechar os olhos, todos os aromas e sensações retornam como se eu ainda estivesse vivendo aqueles momentos.”


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