sexta-feira, 16 de maio de 2014

Wild Hunt [Semana 08]

Autor: Marlon Kalango
Capítulo 8: O próximo passo.

Arawn Phelan, o nome oculto em meu sonho. Era ele quem eu via em meio aquela nevasca? Era por ele a quem eu chamava sem conseguir exprimir minha voz? Eu estava atônito e confuso. Talvez minha jornada ainda estivesse longe de terminar. Arawn era um Norn, e vindo das Montanhas Shiverpeaks, não era surpresa o clima gelado. E essa foi, talvez, minha dica para o que poderia vir a seguir. Passei mais dois dias me recuperando, e apressei minha saída do hospital. O Cervo Branco agora residia no Bosque, sob os cuidados da Mãe Árvore. E foi até ela que fui assim que pude me por firme em pé.

Cheguei ate a parte mais alta de nossa cidade arbórea, e me deixei banhar pela luz morna e acolhedora, tando da Árvore Pálida, quanto do Cervo, que estava a seu lado. Aproximei-me, e o animal veio até mim. Estendi minha mão, e ele inclinou-se para o carinho, sereno e em paz.

-Ah, minha criança! -A Mãe disse, e eu estava prestes a me ajoelhar, com dificuldade, quando ela me parou, tocando-me o rosto. - Não, não há necessidade disto. Você ainda sofre por seu ferimento, e eu quero o bem de meus filhos. Foi um grande feito ter salvo o Cervo, Etherdry. Toda a floresta de Caledon está em débito com você, e eu não poderia estar mais orgulhosa.

-Apenas cumpri minha jornada, Abençoada Mãe. E – suspirei fundo -  minha wild hunt parece estar longe de terminar.

-Duvida permeia seu semblante, jovem. Isto tem haver com o Norn, eu assumo.

-Sim. Ao encontrá-lo, eu lembrei de fragmentos obscuros do meu Sonho. E, sinto que meu próximo passo é seguir com ele em jornada, até as gélidas montanhas ao leste. O que pode significar isto, Mãe? O quão longe seus galhos alcançam o Sonho?

-Filho, eu não controlo o Sonho. Sou tão somente sua guardiã, neste e naquele mundo. O que ele significa, apenas você pode desvesdar. Mas saiba isto, para seu próximo passo, deve-se fazer pressa. O Necromante parte de nossas terras hoje ao final da tarde.

-Entendo. Então, partirei com ele. Devo me preparar agora. -Fiz uma reverencia, e ela beijou minha testa. Senti-me invadido por um sentimento de amor, segurança, e subitamente, toda minha dor desapareceu.

-Tens minha benção, meu valente filho. Que os bons ventos o levem em segurança, e o tragam de volta para nós.

Despedi-me dela e do Cervo, e segui meu caminho. Peguei suprimentos, uma roupa de pele de animais (para o frio) e me dirigi aos limites da cidade. A tarde ia chegando ao fim, e não demorou muito até aquela figura gigantesca passar por mim.

-Oh, que grata visão os espíritos me concedem. Veio se despedir de mim, amigo?

-Mais que isso, Arawn – o olhei com um sorriso. - Vou seguir com você, se me permitir.

-Oh! -Ele deu um sorriso, e passou adiante.- Os espíritos são bons comigo. Adiante, então. Temos um longo caminho pela frente.


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