Capitulo 3: Os Silenciosos.
Eu viajava há algumas horas pela Floresta Caledon quando, ao longe, pude
ouvir barulhos inquietantes. Sons de luta. Apressei-me na direção da qual
vinham, e avistei uma pequena ilha,
rodeada por um dos grandes rios. Nela havia uma aldeia, com os mesmos padrões
arbóreos do meu povo. Eles estavam sendo atacados por Krait.
Os Krait são uma
raça cruel de homens-serpente, que se espalham pelas águas de Tyria, destruindo
e escravizando vilarejos e povoados próximos às fontes de água. Eles não tem
pena, respeito, ou noção de bondade. Um povo alienado por uma religião
fanática, que visa escravizar todas as outras raças. Mergulhei nas águas do lago,
e nadei o mais rápido de pude em direção à ilha. Sylvari sendo atacados e levados como
prisioneiros, gritando e pedindo por ajuda. Não havia tempo a perder!
Saquei meu arco e
dei voz de comando ao meu cão de caça. Ele avançou e pulou, veloz, sobre o primeiro
Krait em seu caminho, o desequilibrando. Ele levantou sua adaga para atacar,
mas ja era tarde, quando a primeira das minha flexas atravessou seu pescoço.
Outros inimigos próximos me notaram, e investiram contra mim. Eu desviava dos
golpes com agilidade e passos calculados, disparando flexa atrás de flexa. Meu
fiel companheiro também me mantendo á salvo, atacando aqueles que eu não podia
ver. Um dos Krait me pegou desprevenido, acertando um golpe na minha lateral.
Eu poderia ter caido ali, mas dei outro salto, disparando cinco flexas em
sequencia, atingindo-o. Após alguns minutos de batalha, uma patrulha proxima
avistou o conflito e vinha em nossa direção. Os Krait, furiosos e perdendo cada
vez mais homens, foram obrigados a recuar.
-aaaahhhgg -um deles, maior e melhor armadurado que os outros bradou. -
vosscê, sssylvari asszul. Nósss nosss lembraremosss dissso!!
-E melhor que lembrem mesmo, Krait! - Eu rebati, ainda apontando meu
arco, pronto para o disparo . - Deixe essas pessoas em paz. Não volte, nunca
mais. Ou encontrará seu fim na ponta de uma das minha flexas.
Outro hissar de
ódio, e ele desapareceu nas profundezas obscuras do rio. A batalha terminou,
mas não sem casualidades. Alguns sylvari haviam sido mortos no confllito,
e outros feridos. Com a chegada da
patrulha, eles estavam seguros por hora. Uma sylvari, de folhagem rósea, se
aproximou de mim, com algo em suas mãos.
-Deixe-me cuidar das suas feridas. -Ela colocou em mim um unguento,
feito de ervas. O alívio para o ardor do corte foi quase imediato. - Obrigado
por salvar meu povo.
-Seu povo? - indaguei, confuso. - Somos todos sylvari, somos um unico
povo.
-Não. Um dia fomos, assim como você, filhos da mãe árvore. mas não mais.
Eu ja tinha ouvido
falar nisso. Atráves do Sonho, experimentamos o que o mundo nos oferece, e
aprendemos. Mas assim como há alegrias, há tristeza no Sonho. Daqueles que
vieram antes de nós, mas pereceram na jornada. Sentimos sua dor. Alguns não
suportam, e cortam esse elo com a mãe.
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