sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nave Fantasma [Semana 02]

Autor: Lucas Suwgamm
Um sinal no Escuro.

—  Uoool!! Essa nave é enorme! — falou um homem com um cavanhaque negro e com admiração nos olhos. – estamos flutuando faz tempo, se o sistema de gravidade artificial tivesse ligado... eu já estaria cansado.

— É... Edgar... Você se cansa por tudo. – uma silhueta rechonchuda aproximava-se lentamente de Edgar. – além de que, essa é uma nave classe Esperança.

– E o que isso quer dizer? Michael? — o sujeito com olhos mais escuros que o corredor no qual estava, encarava o de uniforme azul, com um semblante duvidoso.

— Quer dizer que você é uma anta! — seus olhos azuis expressavam desapontamento – mas tudo bem, vou explicar para que ate você possa entender. — respirou fundo e soltou o ar lentamente por dentro do capacete, fazendo com que embaçasse momentaneamente. — esse tipo nave foi o primeiro modelo a receber os motores de hiperespaço. Ou seja, o que nos possibilitou a saída do sistema solar. — com um ar sério, tentava visualizar a criatura com o cavanhaque triangular com o canto dos olhos – E antes que pergunte “E por que isso faz dela grande?”, ou qualquer cosia do tipo, fique sabendo que ela foi projetada para levar uma tripulação enorme, composta desde militares ate artistas. Pois não sabíamos o que encontraríamos nas nossas incursões pelo espaço.

— Ou seja, é só mais uma espelunca velha com mais de cento e vinte anos vagando por ai. — uma voz feminina, porém seria e grossa, interrompia o dialogo da dupla.

— Que é isso Milene!? tem que ter respeito pela nossa história! — Michael manobrou pelo ar, ate conseguir encarar a moça que era mais alta e corpulenta que os dois.

— Hummf – bufou a moça, sem mudar sua expressão fechada.

Enquanto os três ainda discutiam, Foster flutuava um pouco mais à frente com a cabeça baixa e a mão direita tocando o capacete na altura do queixo, mantendo uma careta pensativa, penetrando cada vez mais na negritude do corredor.

— Capitão? — indagava Samara, no entanto, o som sereno de sua voz não era suficiente para chamar a atenção do homem.

— Deve ter desligado o sistema de comunicação dos eu traje – falava para si mesma.

A delicada moça aproximou-se de Foster e cutucou o seu ombro, fazendo o mesmo sair do seu transe e olhar para ela.

— Oh! É você? — perguntou sem esperar uma resposta.

— No que está pesando, senhor? — olhava para baixo, pois estava mais ao alto do que o capitão, devido a falta de gravidade.

—A União nos disse que essa nave foi destruída em um combate... no entanto, quando sobrevoávamos com a Alvorada, não vimos nenhuma marca de batalha em seu casco. -  deu uma leve pausa na sua fala. — Fora que, estamos vagando a horas por estas galerias escuras e não encontramos nenhum corpo, isso é.... -  foi subitamente interrompido, pois um grande, vermelho  e sonoro sinal de alerta surgiu no vidro do seu capacete, indicando que algo estava em movimento perto deles.

— Todos em alerta!!!! Tem algo vindo na nossa direção! — ordenou aos seus subordinados.


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